quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Uma nova da Danuza... cada vez que me deparo com algo que ela escreveu, mais passo a admirar sua franqueza e a forma de demontrá-la!


Dá preguiça, mas leiam....
Não há mais lugar para a imaginação, a criatividade, para uma sacada de última hora; um mundo de clichês

MUITO, muito tempo, bacana era ser nobre; começava pela rainha, depois vinham as duquesas, condessas, marquesas etc. O tempo passou, cabeças foram cortadas, e os novos ricos foram os herdeiros, digamos assim, do que era a elite da época.
O tempo continuou passando; vieram os grandes industriais, os empresários, os donos de
supermercado, os bicheiros, os marqueteiros, a indústria da moda, até mesmo os políticos, houve os yuppies e surgiu uma curiosa casta nova: a das celebridades. Desse grupo fazem parte atores de televisão, personagens da vida artística, jogadores de futebol, pagodeiros, sertanejos etc., e começaram a pipocar dezenas de revistas cujo objetivo é mostrar a intimidade dessas celebridades, contando os detalhes da vida (ou morte) de princesa Diana, Madonna ou Michael Jackson.
Quanto mais íntimos e escabrosos, melhor. Nesse admirável mundo novo, a moda tem uma enorme importância, e nesse quesito o que conta -mais que a elegância e o bom gosto- é saber de que grife é cada peça que está sendo usada; quanto custou cada uma todos sabem, já que são tão cultos. Um pequeno detalhe: quando duas celebridades se encontram, mesmo que nunca tenham se visto, se cumprimentam efusivamente.
Antes, muito antes, era diferente: um nobre, mesmo pobre, era respeitado por suas origens, pelo que teria sido feito por algum de seus antepassados. Mais tarde, os homens de negócios eram admirados por sua inteligência, sua capacidade em construir alguma coisa importante na vida.
Agora as pessoas são definidas por símbolos, a saber: onde moram, a marca do sapato, da saia, da jaqueta, da bolsa, do relógio, do carro, se têm ou não Blackberry, para onde costumam viajar, em que hotéis se hospedam, a marca de suas malas, que restaurantes frequentam, aqui e quando viajam. Ninguém tem coragem de arriscar férias em um lugar novo, um restaurante que não é famoso, usar uma bolsa sem uma grife facilmente identificável.
Mas quem responder de maneira certa às tais indagações poderá, talvez, ser aceito na turma das celebridades. Acordei hoje falando muito do passado; acontece, vou continuar. Houve um tempo em que mulheres do maior bom gosto apareciam com uma bonita saia e uma amiga dizia "que linda, onde você comprou?".
Hoje, isso não existe mais, porque as pessoas -aquelas- não usarão jamais uma única peça de roupa que não seja grifada. Outro dia fui a um jantar em que havia umas 40 pessoas, sendo 20 mulheres. Dessas 20, dez usavam sapatos Louboutin, aquele que tem a sola vermelha. Preço do par, em São Paulo: R$ 10 mil. Estavam todas iguais, claro, mas o pior é ser avaliada e aceita pela cor da sola do sapato; demais, para minha cabeça.
O prazer -e o chique, a prova da capacidade de improvisar- era botar uma roupa bonita comprada em um mercado qualquer de Belém, Marrakech ou Istambul, e ser diferente. Hoje é preciso mostrar que folheou a revista que tem a informação do que está na moda e que tem dinheiro para comprar. E os jogadores de futebol e os pagodeiros, que não aprenderam o que é bonito na infância, porque eram pobres, nem na vida adulta, porque não deu tempo, olham as revistas, entram no Armani e fazem a festa, já que são também celebridades.
Não há mais lugar para a imaginação, a criatividade, para uma sacada de última hora, que faz com que uma determinada mulher seja a mais especial da noite. Eu não frequento este mundo, mas de vez em quando esbarro nele sem querer, e é difícil.
Um mundo de clichês; mas como tudo passa, estou esperando a hora de acordar e pensar que essa época não passou de um pesadelo.

Meninas, graças à Deus, imaginação e criatividade não nos faltam!!!

Bem para ilustrar a minha imaginação vou postar um cachorrinho de feltro que fiz para minha filhota dar ao namorado dela.Fiz dois um branquinho e um listradinho - menino e menina- e costurei-os como se estivssem beijando ( só que perdemos a foto deles prontos!!)... a linda da foto é a Meg , minha coocker meio maluca.

6 comentários:

  1. Ahhhhh megão lindaaaa =)
    Maaaanhê, fiquei com tanta preguiça de ler esse textão, mas prometo que quando eu tiver com paciência, venho aqui e leio, belê? :D
    Seu blog tá ficando MARA! hehehehe..
    Beijosssssss, loveee you

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  2. Ahhh menina...assim não vale!!Xô preguiça!
    Love.

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  3. hahah, Anelise, ainda não li o texto...antes não aguentei a coincidencia!! Eu tenho uma cocker igualzinha a tua...a Mayla!! E advinha??!! Ela também é bemmmm maluquinha!!! hahaha
    Vou ler agora!!
    Beijocas
    Andreza

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  4. Oi, não li o texto, mas eu não poderia deixar de passar por aqui
    estou muito envolvida no trabalho, casa, e compromissos das filhas
    mas...passei por aqui
    seu blog está lindo
    continue, e assim que eu tiver uma folga, vou passar por aqui e ler tudinho
    estou u pouco longe, mas o coração está por aqui
    tenha certeza
    vc se tornou uma grande amiga,

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  5. Aff, este texto é tudo!! Graças aos ceus detesto este mundo...ainda prefiro o diferente à moda....
    Anelise, este texto é daqueles que muitas deviam ler...mas talvez o peso (ou o preço) do sapato não permita e dê muita preguiça!!hahahaá
    Beijocas

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  6. Ai Andreza, os textos da Danuza são muito bons mas muuuito grandes!
    Mas ela relata exatamente o mundo que vivemos...
    mas que dá uma preguiçinha de ler...ah dá mesmo.S'o com tempo sobrando...

    Menina um dia vou te contar quantos cachorros tenho...já mostrei 2...
    Bjs

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